sábado, 1 de outubro de 2011

O AUTOR: CAIO FERNANDO ABREU


 
Caio Fernando Abreu - Entrelinhas TV Cultura

 
  10 anos sem Caio - 2006

Falar de Caio Fernando Abreu é sempre um prazer enorme. Hoje termino de ler o livro "CAIO 3D: O ESSENCIAL DA DÉCADA DE 90", que faz parte de um projeto que engloba 3 livros, que trazem o melhor das décadas de 70,80 e 90. Os livros são organizados de uma forma bem interessante. Em cada livro há uma coletânea muito bem selecionada de toda obra do autor naquele período: romance, novelas, cotos, crônicas, poesias e até mesmo sua correspondência com amigos e família. Ontem à noite, comecei a ler a parte de correspondências e só parei às 4 da manhã, pois era impossível parar quando você fica cada ve mais próximo da pessoa maravilhosa e engraçadíssima ue foi Caio F. , segundo ele mesmo, "primo brazilian da Christiane" rsrs Ele tem uma mania encantadora de mesclar idiomas em suas cartas, o que também transparece em sua obra. As gírias do gueto gay também estão presentes em todo seu esplendor, inclusive em uma carta ter "dado a Elza" no papel de carta. Em outra carta ele conta a um amigo que a imprensa disse que a obra dele parece a obra de uma Clarice Lispector bêbada e drogada e que ele fidou lisonjeado com a comparação. Enfim, é um livro para quem admira este autor fantástico que nos foi tirado, como tantos outros artistas, precocemente, pelo vírus da aids. Mas Caio vive em sua obra e em nossos corações.

Caio Fernando Abreu estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.

Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e uma bata de veludo, com o cabelo pintado de vermelho. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV.

Antes de falecer dois anos depois no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, onde voltara a viver novamente com seus pais, Caio Fernando Abreu dedicou-se a tarefas como jardinagem, cuidando de roseiras. Ele faleceu no mesmo dia em que Mário de Andrade: 25 de fevereiro.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Fernando_Abreu

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